SOBRE O AUTOR
Sou recifense. Nasci em 6 de março de 1996. Minha mãe é descendente de alemão e meu pai é sertanejo. Estudo Direito (segunda formação) e trabalho. Ler e escrever são as minhas profissões de fé.
O POEMA SEMIFINALISTA
Nó Górdio
“o Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam.” Mt 11;12
Parece um nó que desatamos
Seguindo as pontas de suas linhas,
Uma depois de outra, vagar
Com as mãos por um labirinto;
Assim como vagou Teseu
A desenrolar o novelo
Sem fim pelos labirintos
Dos doirados fios de Ariadne.
Mas não. Esse nó esconde algo:
Seu aninhado é ninho de monstro,
Que se prende num labirinto
De abismos e complexidades.
Não há fio que eu possa seguir
Com dedos para desatá-lo,
Pois todo fio dá no caminho
Das paredes do labirinto.
Meigos dedos não o resolvem.
Somente desata o novelo
Quem, seja por sorte ou desvelo,
Rompê-lo num corte de espada.
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